A lenda que se alastra entre a terra e o mar.
O Prefeito Fujão foge para o mar pegar uma boa onda. Créditos da foto para o site Pixabay
Nas noites escuras do inverno chuvoso e nos verões animados do litoral norte rio-grandense, os bares de bebidas ecoam piadas, brincadeiras e histórias. Entre o tilintar dos copos e o aroma de petiscos do mar, uma lenda se espalha como fumaça dos rastilhos de pólvora: a saga do Prefeito Fujão, o surfista. Não se trata de uma brincadeira ou uma mentira, mas sim uma realidade que desafia a lógica e a política.
O homem em questão era o Rei do Surfe gaúcho, um candidato improvável. Nas eleições de 2020, ele não tinha chances reais de vencer. Sua campanha foi modesta e quase esquecida entre os discursos inflamados dos adversários. No entanto, ocorreu um evento inesperado: o surfista foi o vencedor. A população, cansada das promessas estúpidas, votou nele como forma de protesto. Por que, afinal, quem precisa de políticos sérios quando se pode ter um prefeito que pega onda?
No entanto, o prefeito das pranchas de surfe não demonstrou aptidão para a função. Ele era um ex-subprefeito de uma pequena cidade da região, conhecido por sua administração mediana durante seus anos de glória e pelos erros desastrosos que cometeu nos anos seguintes. Mas quem se importa com experiência política ao ter um bronzeado perfeito e um jeito descolado de lidar com os problemas da cidade?
Acreditava que, ao utilizar o horário político gratuito em 2020, poderia se redimir perante a população e se lançar novamente em 2024, tendo mais chances de êxito. Porque, afinal, quem precisa de propostas concretas quando se pode fazer manobras radicais na política?
No entanto, algo de errado ocorreu. Após a vitória, o senhor Surfista desapareceu. Ele não foi visto nos corredores da prefeitura e nas reuniões do legislativo. Em vez disso, optou por se refugiar em uma praia deserta, onde as ondas sussurravam segredos e as estrelas pareciam mais próximas. Ele se recusou a assumir a posição de chefe do Executivo municipal, alegando precisar de tempo para se preparar para administrar o município. Porque, afinal, quem precisa de reuniões chatas quando se pode pegar umas ondas e contemplar o universo?
As pessoas fazem conjecturas sobre o que ocorreu com O Rei do Surfe. Há relatos de que ele estaria surfando em alguma praia do Caribe, dizem que está aprofundando seus estudos astrológicos ou que simplesmente encontrou a paz nas ondas. Seja qual for a verdade, a lenda do Prefeito Fujão permanece viva, desafiando a lógica e a política. E quem sabe, talvez ele esteja lá fora, esperando a próxima onda para governar.
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No coração da nossa cidade, onde as ondas do descaso encontram as areias da boa vida, existe uma lenda que ecoa pelos becos e praças. Dizem que o Sufista prefeito, com sua prancha de papelada e seu traje de gravata havaiana, navegava pelas marés da burocracia com a destreza de um surfista profissional.
Enquanto os cidadãos esperavam por melhorias nas ruas esburacadas, o Sufista deslizava pelas ondas de relatórios intermináveis, sempre com um sorriso zen no rosto. Ele não se preocupava com as marés da insatisfação popular; afinal, ele tinha sua própria praia particular de aprovação política.
Mas a realidade não era tão ensolarada quanto as praias de Copacabana. Enquanto o Sufista pegava as melhores ondas da vida pública, os problemas se acumulavam com as algas marinhas nas margens do orçamento municipal. Os buracos nas ruas cresciam, e os moradores se perguntavam se o Sufista estava realmente preocupado ou apenas curtindo o vaidoso da inércia.
E assim, nossa cidade oscilava entre o riso e a frustração. O Sufista prefeito continuava a deslizar pelas ondas da política, enquanto os cidadãos tentavam não afundar na maré alta da indiferença. Talvez, um dia, alguém o desafie para uma competição de surfe na próxima eleição. Quem sabe? Afinal, todos sabemos que a política é apenas uma grande onda, e o Sufista é o mestre da prancha.
"Talvez, um dia, alguém o desafie para uma competição de surfe na próxima eleição. Quem sabe? Afinal, todos sabemos que a política é apenas uma grande onda, e o Sufista é o mestre da prancha".
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