Além da Folia: O Mar Como Testemunha
A folia enlouquecida, maré a brilhar,
Três dias de festa, o mar a dançar.
Gente desvairada, na alegria a se afogar,
No divã das águas, dramas a se lavar.
O mar, como palco de emoções a desvendar,
Absorveu as cenas, vícios a se entrelaçar.
Carnaval em festa, a carne a se entregar,
Angústias e alívios, no salso divã a se embalar.
Prantos e risos, nas ondas a se misturar,
Amores e brigas, o mar a devorar.
Efêmeros encontros, na espuma a se formar,
O mar, amigo fiel, segredos a guardar.
Após a festa de Momo, a ressaca a chegar,
Três dias de folia, três de mar a se acalmar.
Dramas expulsos, na areia a repousar,
Sussurros da ressaca, almas a se lamentar.
Ondas desalmadas, na praia a se quebrar,
Almas embriagadas, na areia a se deitar.
O mar, purificador, agonias a limpar,
Sóbrios ignorantes, na maré a questionar.
“Por que o mar se agita, amor, a nos assustar?”
“É a lua nova, a maré a comandar,
Como bateria que ao samba faz vibrar,
O mar, valente, na ressaca a se expressar.”
Comparando com a Lua, o Carnaval a se espelhar,
O mar, em sua dança, dramas a expulsar.
“Ah, a culpa é da Lua!” o mar a murmurar,
Mas são os dramas humanos, ele vem purificar.
Comentários
Postar um comentário
Por gentileza deixe seu comentário é muito importante para nosso trabalho.