O imaginário popular é abastecido de lendas e contos que fazem história.
A foto mostra Cinquenta (50 pila gaúcho), equivale a 50 Reais da moeda do Brasil. |
O Estado do Rio Grande do Sul é
rico em lendas e causos que entram para o cotidiano popular do gaúcho e dos
brasileiros. Neste gênero literário o maior escritor gaúcho é Simões Lopes
Neto. Entre os livros mais famosos e lidos estão as compilações dos contos
gauchescos e lendas do Sul. Entretanto, o nosso país tem uma diversidade
literária grandiosa nas cinco regiões geográficas as quais compõem este Brasil
continental. Todas essas regiões são abrilhantadas com os grandes escritores em
todos os gêneros literários que enriquecem a cultura nacional e são espraiadas
em todo o mundo.
O Brasil tem grandes escritores,
escritoras, poetas, poetisas e romancistas que estão na lista dos melhores
autores internacionais.
A nação brasileira tem excelentes escritores e só falta apoio para terem mais.
O Brasil tem uma sementeira de
produtores literários enormes, o que está faltando atualmente é mais incentivo
aos novos escritores que surgem diariamente. Infelizmente, não tem apoio do
governo federal, via Ministério da Educação e Cultura. Muitos talentosos
escritores que estão espalhados em todas as escolas brasileiras, terminam
desistindo de realizarem os seus sonhos de ver publicados suas obras porque não
há incentivo dos governos.
Os professores fazem os seus
esforços colossais ao notarem em sala de aulas grandes talentos. Eles dão todos
os incentivos aos seus alunos, mas muitos se frustram porque não conseguem
seguir adiante com suas produções. Muitas campanhas literárias são realizadas
em salas de aula, são realizados concursos literários na escola e ao nível
regional. Todavia, essas produções terminam cair no esquecimento porque não há
interesses das editoras públicas e privadas para publicar as obras dos novos
escritores.
Essa realidade ocorre desde o
ensino infantil, fundamental, médio e nas universidades. Os escritores existem
em todo o Brasil, o que falta é o amparo, o incentivo financeiro a literatura
brasileira para que o país possa ter novos literatos os quais tenham as suas
obras impressas e divulgadas para serem lidas no Brasil e no mundo.
A origem do sinônimo “PILA” para dinheiro
gaúcho de 1835.
O pila é muito conhecido no Sul
do Brasil como dinheiro imaginário, creio que já está se espalhando nas demais regiões
brasileiras.
Aqui no Rio Grande do Sul o
(pila) é como se fosse a moeda gaúcha, seria uma espécie de câmbio imaginário, o
valor de 1 pila equivale a 1 real. É muito corriqueiro entre a
população se expressar assim: hoje o preço da gasolina custa 7 pila em vez de
sete reais. O
quilo de pão custa 5 ou 6 pila, em vez de (R$ 6) reais. O
diálogo entre as pessoas é assim: este produto vale tantos pilas, aproveite que
baixou de preço antes valia 30 pilas e agora equivale a 20. O adolescente ou
jovem chega bem perto da mãe e diz: mãe me dá 5 pila para comprar sorvete. O
jovem que começa a namorar não trabalha, mas precisa ir ao cinema com a
namorada e diz para o pai. Paizão me arruma aí algumas pilas porque hoje vou
sair com a minha amada!
Uma excelente ilustração é a origem da moeda
pila no Sul.
Na foto 10 pila, a cédula de 10 pila, está inscrito: Republica Rio-Grandense 20-09-1835. |
Para ilustrar e incentivar aos novos escritores trouxe aqui este pequeno recorte literário e lendário do grande escritor gaúcho José Clemente Pozenato, sobre a lenda do (pila).
“O
termo pila vem de Pilla, que foi um político Raul Pilla, secretário da
agricultura do RS em 1936, que segundo consta, em determinada eleição
distribuía metade da nota de dinheiro para os eleitores que estavam prestes a
votar, na promessa de entregar a outra metade se fosse eleito. Os cabos
eleitorais entregavam a metade da nota dizendo o nome do candidato “Pilla” … e
este termo para dinheiro chamado de “Pila” foi rapidamente assimilado pelos
populares, espalhando-se como sinônimo de “dinheiro”, inclusive em (SC) e
depois pelo resto do Brasil, já que muitos gaúchos com o passar do tempo
migraram para outros estados do país.”
Fonte: Irmão Elvo Clemente,
pró-reitor da PUCRS, poeta, escritor, membro da Academia Rio Grandense de
Letras — Brasil.
Naquela época a venda e a compra de votos
eram abertas.
Portanto, o interessante desse
recorte literário
e lendário que está fixado no imaginário popular é o aspecto político.
Neste pequeno trecho sobre a definição do e sinônimo do termo pila, está a
esperteza do político da época. Até pouco tempo, muitos políticos sem
escrúpulos procuravam comprovar os votos dos eleitores. Seguindo o mesmo ritmo
da falta de consciência, sobre o poder do voto, muitos eleitores vendem seus
votos por valores irrisórios ou trocas de favores. Ainda que, não fosse punido,
por crime eleitoral, tanto para o comprador, quanto para o vendedor de votos,
em razão das grandes dificuldades da justiça eleitoral, da época punir a todos
os contraventores eleitorais. Portanto, era crime sim, porque essa ação é de
cidadão desonesto, tanto daquele período e principalmente atualmente.
A impressão que fica é que nada
acontecia de punições naquele era que tudo era realizado com votos de papéis e
escrito a punho e jogado na urna confeccionada de couro, tecidos e lonas.
As apurações para saber o
resultado de uma eleição presidencial como vai ocorrer agora, levaria meses
para conhecer o vencedor. Hoje é questão de horas para saber o eleito, após
terminar o fim da votação e com segurança de 100%.
Todavia, hoje a justiça eleitoral
pune com o rigor da lei qualquer candidato ou eleitor que tentar praticar este
tipo de crime.
O voto do cidadão é algo tão
sublime e poderoso que merece todo o zelo possível tanto do eleitor, quanto do
candidato concorrente a algum cargo eletivo no Brasil. A justiça Eleitoral está
de prontidão (24h) para receber qualquer tipo de denúncia neste sentido.
Na hora de praticar o ato de
votar você é soberano. Na cabine de votação está sozinho, você e sua
consciência, na mais perfeita liberdade de expressão democrática.
No Rio Grande do Sul o (pila) é como se fosse a moeda gaúcha, seria uma espécie de câmbio o valor de 1 pila equivale a 1 real. É muito corriqueiro entre a população se expressar assim: hoje o preço da gasolina custa 7 pila em vez de sete reais. O quilo de pão custa 5 ou 6 pila, em vez de (R$ 6) reais. O diálogo entre as pessoas é assim: este produto vale tantos pilas, aproveite que baixou de preço antes valia 30 pilas e agora equivale a 20. O adolescente ou jovem chega bem perto da mãe e diz: mãe me dá 5 pila para comprar sorvete. O jovem que começa a namorar não trabalha, mas precisa ir ao cinema com a namorada e diz para o pai. Paizão me arruma aí algumas pilas porque hoje vou sair com a minha amada!
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