Da Política às Pistas de Fuga. Em Fugópolis, a capital da esperteza e do desaparecimento, reinava supremo o Chefe Fujão. Desde a infância, ele era um mestre da camuflagem, capaz de se transformar em uma poça d'água ou num grão de areia quando a situação apertava. Na escola, enquanto os outros faziam lição de casa, ele estava ocupado traçando rotas de fuga por baixo da carteira. Ao ingressar nas forças armadas, sua carreira foi uma comédia de erros, ou melhor, de fugas. Ao invés de defender a pátria, ele defendia seu próprio umbigo, desertando em missões importantes para ir pescar. Seus superiores, exasperados, o expulsaram com um sorriso amarelo e um conselho: "Vá pescar em outro rio!" A política foi o próximo capítulo dessa saga épica. Eleito deputado, Fujão se dedicou a uma atividade insuspeita: a arte de não fazer nada. Seus discursos eram tão longos e incoerentes que até os próprios colegas cochilavam. Mas sua maior habilidade era a de parecer ocupado enquanto bocejav
Dialogar atualmente entre família é um tremendo desafio, a internet roubou a cena.
A convivência humana real e virtual na world, wide e web. |
Num lar desregrado quem conseguir esta proeza de abrir espaço para o diálogo é herói, pois consegue a arte de anular durante alguns minutos a força das redes sociais. Atualmente, as pessoas vivem extremamente na agitação da conexão rápida com o mundo inteiro. Isto sem sair do quarto da casa ou até no expediente de trabalho.
Todos estão conectados a muitos amigos, notícias instantâneas, atualizações constantes de tudo o que vem da web. Por outro lado, a maioria vive totalmente desconectado na vida dos amigos reais e principalmente dos familiares que lhes são os caros e próximos.
Existe uma neurose nessa era digital, todos vivem conectados com o mundo, mas desconectados com a família.
Muitos indivíduos presentemente vivem agitadas, estressadas e desequilibradas, são efeitos negativos da era digital, a situação está atingindo níveis doentios e preocupantes.
Há aqueles entes que não pode permanecer um segundo sem o telefone, tablet e todos os dispositivos móveis ligados a internet. Pense bem! Tem indivíduos que fazem suas escolhas, entre não passear com os familiares, mas preferem permanecer em casa; navegando no mundo virtual.
Neste frenesi as pessoas se enclausuram do âmbito familiar e partem para amplidão do mundo sem fronteiras da web conversando, trabalhando, no carro, ônibus, trem onde estiverem e não se desligam das redes sociais.
Em contrapartida não querem nem ouvir a voz dos amigos e familiares, que estão ao seu redor porque, poderá perder uma mera postagem sem sentido.
Antes do advento da internet quando alguém se visitava havia os abraços e cumprimentos de boas-vindas ou ir até ao restaurante se pedia o cardápio.
Hoje em dia tanto nas visitas quanto nos restaurantes, bares, livrarias etc. A primeira pergunta que todos fazem, qual é a senha do wi-fi? Geralmente o estabelecimento comercial que não fornece o wi-fi grátis perde fregueses e poderá ir a até a falência.
É a era do contato virtual com o mundo, mas uma frieza preocupante com os mais próximos e pessoas reais. Todos conectados vinte e quatro horas com estranhos do mundo nas redes sociais, mas em contrapartida, totalmente desligados dos membros familiares. Quase ninguém conversa mais, seja em casa ou fora, as famílias permanecem desconectadas (caladas) uma das outras, é a frieza digital assombrosa e perigosa para a manutenção dos relacionamentos familiares.
Ninguém próximo tem mais paciência de ouvir um ao outro é preferível os estranhos da internet.
Há uma enorme dificuldade das pessoas para aprenderem a ouvir com paciência os mais próximos. Atualmente todas as pessoas, têm uma grande necessidade de desabafar sobre qualquer circunstância da vida, mas não tem ninguém com calma para só escutar.
É uma realidade cruel! Não obstante, não se encontra nenhuma pessoa nem de casa e nem da rua para conversar. Numa dessas meras coincidências, quando aparece alguém conhecido, este já de longe grita em tom e alto som. Não tenho tempo, não posso, estou atrasado, em outro momento conversaremos e assim ninguém ouve, escuta, e jamais dará a atenção necessária a quem os humanos poderiam dispensar uns aos outros.
Nem se quer durante o confinamento dessa pandemia da covid-19 poucos dialogam, tudo é tedioso, sufocante até ouvir a voz do outro, cada qual se confina nos seus aplicativos móveis de última geração e pronto. São verdadeiras múmias vivas, esperando o tempo passar.
É a humanidade vivendo na solidão da casa ou na multidão da rua.
A Humanidade está vivendo a era da solidão dentro do lar e da grande massa humana anônima, provocada pelas relações virtuais das redes sociais, que está se transformando em alguns casos nítidos de patologia, que precisa de atenção especial de profissionais da área da medicina.
É por isso que a internet invade a casa com pessoas estranhas virtuais, que muitas das vezes se apresentam como se fossem os melhores amigos, mas na realidade são legítimos inimigos perigosos. Porque quem está do outro lado da tela, jamais se conhecerá sua face real e sua verdadeira índole.
Assim sendo, esta busca desenfreada pelo estranho é porque em alguns lares terminou o diálogo, entre os membros familiares. Todos se emudeceram e ninguém mais tem paciência para criar o hábito de sentar-se, fazer as refeições juntos. Ter o tempo especial para a família se desligar de tudo. Agora tudo depende de quem administra a casa para delimitar o uso sensato da internet. Tudo nesta vida deve ter limites e quando não se tem limites as coisas pendem para o descontrole com imagináveis consequências.
Quando porventura a família saírem por exemplo para um restaurante até se fazem suas refeições, porém todos estão com uma mão no prato e a outra mão digitando mensagens e-mails, olhando vídeos etc.
Neste instante, finalmente o diálogo entre a família que seria o objetivo central não ocorreu. Se alguém for audacioso e fazer uma tentativa de conversar é xingado e muitas vezes se encerra tudo sem que houvesse nem fizesse a refeição com prazer e integração e confraternização entre os membros familiares. Agora, continua a conversar com estranhos a longo tempo, mas escutar atenciosamente uns aos outros já mais!
Na era digital ou da tecnologia as famílias emudeceram.
Portanto conversar com alguém e procurar ouvir suas preocupações e as alegrias é uma grande arte nesta sociedade frenética movida a tecnologia da informação. Queira ou não o uso abusivo das redes sociais rouba o calor humano familiar e não dar espaço para o diálogo entre pais e filhos, parentes próximos ou distantes e nem com os amigos de infância. As pessoas precisam aprender a desligar os aparelhos e dispositivos móveis em momentos nobres e dar mais atenção para os familiares e amigos. É imperioso que esta arte de saber ouvir e olhar olho no olho, das pessoas pelas quais estão dialogando seja de fato resgatada urgentemente. Todavia se corre o perigo de tudo se transformar numa sociedade virtual doentia com sérios transtornos mentais sem volta.
Ninguém é contra as facilidades da era digital, o que se opõe é o uso abusivo, onde todos os casais e a família em geral e amigos próximos, não há interesses em conversar, mas os estranhos têm mais atenção do que as pessoas presentes do ciclo familiar e de amigos.
A pandemia do novo Coronavírus, a responsável da covid-19 mostrou a importância dessa ferramenta, para a comunicação, os negócios online e tudo começou a ser resolvido na nova maneira de trabalhar no formato home office ou escritório em casa.
Até aqui está ótimo, mas o que nunca poderá deixar acontecer é morrer o diálogo sadio entre as famílias, ninguém poderá deixar a internet abortar o convívio familiar, se isso vier ocorrer ao longo dos próximos anos a humanidade está em total decadência.
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