Embriaguez para esquecer a árdua realidade do
país.
O circo para realizar a festa do pão e circo brasileira. |
Porém, aos olhos da ilusão do
povo impressionado com o brilho das fantasias da festa do pão e circo moderno,
transmite a impressão de que tudo é novo.
Principalmente quando se trata das festas e dos enredos carnavalescos. Uma grande ilusão da festa do rei momo que contagia uma imensa maioria de foliões em todos os recantos do Brasil, destaque para as grandes cidades brasileiras e no mundo.
Estava certo o cientista francês
o químico Antoine Lavoisier, quando afirmou “Na Natureza nada se cria, nada
se perde, tudo se transforma”. Pode-se aplicar essa lei da química, também
para os eventos culturais de grande porte de ampla concorrência entre os
humanos da contemporaneidade. Onde persiste à gangorra histórica, isto é, o vai
e vem dos acontecimentos. Simplesmente de roupagem nova, com formatação antiga
repletas, mas com conteúdo semelhante e pouco transformados; principalmente
produzidos genuinamente.
Há sempre um referencial como
ponto de partida que outros artistas plásticos, já pensaram para a produção de
um enredo carnavalesco em tempos remotos.
Apenas os retocam usando as tecnologias avançadas para impressionar os
milhões de telespectadores do mundo inteiro. Quando são observados, avaliados
as performances dos componentes dos desfiles das escolas de samba nos
sambódromos do Brasil especificamente nas cidades do RJ, SP, Porto Alegre e
outras, onde existem escolas de sambas organizadas e locais para realizarem os
famosos desfiles das escolas para se lançarem na concorrência da campeã.
O pão e circo na história.
Analisando os períodos mais
longínquos da história cultural dos povos antigos e traçando um paralelo até a
atualidade a impressão que impera é que o conteúdo básico não mudou muito. Tudo o que existe de certa forma já aconteceu
em outro contexto histórico e cultural dentro da realidade de cada nação. As
pessoas vivenciaram de acordo com sua época e seus costumes próprios envolvendo
a arte, a política etc. Importante se concentrar simplesmente, na farra atual
que envolve uma grande parcela da população mundial.
O carnaval brasileiro óbvio e mundial, segundo a Wikipédia o “Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.
Através dessa festa os gregos
realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e
pela produção.” Consequentemente a igreja católica assumiu esse nicho com
claros objetivos. O período do carnaval
era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale”
dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia
uma grande concentração de festejos populares.
É um período apropriado para os dias de hoje e em alguns países com mais destaque, o carnaval no Brasil, mas de qualquer lugar da Terra. Sempre existe uma enorme fatia da população, que se dedicam de corpo e alma com o propósito de esquecer seja seus problemas pessoais, ordem financeiras, amorosas ou de ordem sociais. Muitos tem nas escolas de samba seu ganha pão durante o ano todo, é trabalho fixo para os artistas do carnaval.
Pão e circo mais uma vez podem se
apontar para Roma Antiga, e lá se pode encontrar personagens da história que
faziam suas festas alienadas no coliseu. Eram momentos de descontrações, e para
acalmar a população escravizada, pelo peso das administrações romana,
dando-lhes pão e circo para serenar os ânimos.
“Panem et circenses” é a
forma acusativa da expressão latina “Panis et circenses”, que
significa “pão e jogos circenses”, mais popularmente conhecidas
como pão e circo.
Diversão ao povo, com o objetivo
de diminuir a insatisfação popular contra os governantes. “Esta foi uma
política criada pelos antigos romanos, que previa o provimento de comida e
espetáculos sangrentos, como os combates entre gladiadores, eram promovidos nos
estádios para divertir a população; nesses estádios, pão era distribuído
gratuitamente”. (Fonte: Wikipédia).
A realidade do imposto no Brasil é igual ao de
Roma antiga.
O circo para realizar a festa do pão e circo brasileira. |
Agora eis aí algumas evidências
do cotidiano para ilustrar melhor este fardo que todos os brasileiros carregam.
Hoje se tem uma carga tributária mais pesada do mundo, ao comprar um simples
pão, todos ingerem mais impostos do que os nutrientes do amargo pão. Agora
pense quanto você paga de imposto abusivo ao adquirir um bem durável, ou mesmo
uma simples fantasia para o carnaval, não se sabe quanto paga-se de impostos
embutidos em todas as coisas. Para acalmar os ânimos nada melhores do que uns
dias de carnaval e logo em seguida preparem a papelada para acertar as contas
com o leão do feroz imposto de renda da Receita Federal.
Realidade do Brasil atualmente
tem uma política salarial que não repõe a inflação, existe um salário-mínimo
nacional brasileiro de fome. Violência estourando em qualquer recanto desse
país, deixando todos em pânico. Pessoas morrendo por falta de um sistema
público de saúde eficiente. Estradas estaduais e federais, em péssimas
condições de trafegabilidade, deixando as pessoas em perigo constantes. E nesse
tempo de “pão e circo” regado a bebidas alcoólicas, drogas, imprudências no
trânsito de todos os tipos e mais a alta velocidade, transformam, o país numa
verdadeira carnificina muito pior do que os espetáculos do coliseu romano.
O sistema educacional mais
obsoleto do planeta. Falta de planejamentos estratégicos para socorrer a
população das catástrofes naturais. Greves pipocando em várias categorias por
melhores salários em todo o país. Os bastidores das administrações de todos os
poderes públicas, estão contaminadas pela corrupção, herança maldita dos
políticos, sem exceções. Hoje o país está no comando de corruptos golpistas de
todas as estirpes.
Através do carnaval vem átona e
se poderia enumerar várias e várias mazelas da população que se conforma com
uma festa banal. Portanto, por isso mesmo é no carnaval todos permanecem
entorpecidos para não se lembrar da perversa realidade, que vive a atual
população brasileira.
O ponto da discussão não é o carnaval em si, mas o pano de fundo ideológico.
Não sou contra, mas não faz a minha cabeça e respeito que
gosta, apenas quero enfatizar os aspectos políticos e econômicos que são
camuflados nos bastidores da folia. Em
2018 o carnaval de uma escola de samba trouxe para a avenida a farsa do golpe
de 2016, algo positivo que deveria servir de exemplos para todas as escolas,
não excluírem daqui em diante a política dos seus enredos.
Geralmente para os carnavalescos
é muito simples construir um enredo fantasioso de uma realidade longe do povo,
do que criar um enredo que expresse a real realidade atual do povo e não sofrer
retaliações da elite dominante.
Atualmente a nação brasileira é
sofrida, sem emprego, sem dinheiro, sem governo, sem democracia e sem
esperança. A grande maioria está muito
longe de ter condições de participar até mesmo da festa do pão e circo por
falta de poder aquisitivo. Momento espetacular para muita gente esquecer
durante três dias um pouco da situação em que vive. Logo após a brincadeira
debochada de momo desaparecer. Automaticamente desperta em si à verdadeira
ficha, da situação realística, que logo todos vão encarar durante o restante do
ano. Um fato que faz a diferença da política do pão e circo dos tempos romanos
era extremo num ponto. Naquela época era tudo grátis, para assistir o circo das
atrocidades e degustar o pão do embuste, hoje se paga bem caro para participar
dos festejos de momo.
Os romanos tinham os espetáculos grátis e no Brasil
não.
Não obstante, na época da Roma
antiga o povo assistia os espetáculos gratuitamente, hoje pouco vão ao
sambarmos para ver o espetáculo da elite para a elite.
Portanto, o cenário histórico não
se distancia muito, mais existe um elemento impactante para os dias de hoje,
poucos tem dinheiro para comprar ingressos milionários, para prestigiar a festa
sem graça e alienada de carnaval, nos sambódromos brasileiros. Somente poucos
privilegiados (a elite dominante) dispõem de poderes aquisitivos para
esbanjarem suas riquezas, pois não faz diferença em seus altos orçamentos.
Respeitem a vida porque geralmente durante as festas carnavalescas e no ritmo do samba moderno são acrescentados ingredientes como drogas ilícitas uma praga da atualidade, que reproduzem o panorama violento e sanguento durante a festa da carne.
Não esqueçam é fato em meio a
toda esta parafernália de coloridos e fantasias há também, grandes interesses
comerciais, disputas econômicas e poderes, entre os organizadores desta
festança. Todavia a coletividade da população fã deste evento não tem
conhecimento do que ocorre por traz das câmeras da mídia manipuladora e
golpista.
Entretanto, o círculo da história se repete. Num lapso quase sugestiona que é tudo inédito, mas não passa simplesmente do velho trajando uma toga nova.
Então, mesmo diante de todas
essas considerações e reflexões acerca do tempo de pão e circo carnavalesco.
Mesmo assim, desejo, aqueles que gostam, um bom carnaval e com muita
responsabilidade, deem prioridade a valorização a vida, dirijam com segurança,
prudência, responsabilidade e nunca misturem, drogas, álcool ao dirigir,
respeite as leis de trânsito. Afinal este não será o único, haverá outros
carnavais, depende do com comportamento de correto nas autoestradas; durante
estes dias de agitações, alienações, e manipulações da realidade.
Se não tem pão dê brioches ,frase que faz parte da história da França quando a população pobre não tinha o que comer . Podemos comparar com a nossa situação .
ResponderExcluirExcelente texto.
O nosso povo ou por que não dizer a humanidade se contenta com muito pouco que a classe dominante libera para satisfazer seus desejos. Na antiguidade em Roma era o pão e circo, na França o Brioche, nas outras nações deve existir coisas para acalentar a fúria popular. No Brasil classe dominante basta oferecer futebol e carnaval que já faz o povo esquecer as mazelas políticas, sociais e econômicas que os atormentam. Nessa época de pão e circo, basta o fugaz carnaval, para uma grande maioria da população se embriagarem nas ilusões de momo e esquecerem da realidade cruel que se enfrenta em todo o país. Em quaisquer circunstâncias apenas o carnaval e futebol sem pães que já se resolve tudo.
Excluir