Manto de Estrelas. Nos mistérios da noite a lua aparece prateada. Sob o manto negro, bordado à luz! A noite se revela, um mistério a sós. Em cada canto, um segredo se cruzou. E a alma se encanta com os astros a pôr. A lua, serena, pinta o céu de prata. Enquanto os ventos contam histórias sem fim. As sombras se alongam, a dança da mata! E a natureza acalma o coração assim. Nos sonhos que vagam, a mente divaga. Em paisagens místicas, 0onde a alma se perde. A noite é um convite à alma que vaga. Para desvendar os mistérios que a envolvem.
ESTE ESPAÇO CULTURAL É IMPORTANTE PARA VALORIZAR A NOSSA MÚSICA ARTE.
O blog analiseagora reserva este espaço
cultural para a música do Brasil. Neste post irei enfatizar uma única canção do
nosso estimado e exímio compositor e cantor Chico Buarque de Holanda. Abro os
microfones para ouvir e analisar está linda composição “mulheres de Atenas”.
Composta em 1976 por Chico Buarque e Augusto Boal para a peça de teatro Lisa, a
Mulher Libertadora.
Esta música como tantas outras do “grande
chico” já gerou grandes polêmicas principalmente entre aquelas pessoas que não
souberam ler e interpretar a letra deste tema riquíssimo em metáforas.
Nesta bela obra ele condena o
sofrimento das mulheres do mundo inteiro, provocados pelos homens cruéis que
vivem no sono da ignorância, machismo, prepotência, pré-conceito, condições
ruins provocadoras da violência e a subserviência visíveis, reais nas
convivências familiares e na sociedade em geral contra as mulheres.
Interessante este paralelo
traçado na letra a partir do ponto de referência e o contexto histórico e
social pelas quais viviam aquelas mulheres da antiga Atenas para trazer para os
dias atuais. Chamar a atenção para situação de violência da década de setenta e
que infelizmente atualmente, ainda vivem muitas mulheres brasileiras. Mesmo que
existe em nosso país a lei Maria da Penha, que protegem as mulheres contra a
violência dos homens brutais, mas são verdadeiros covardes, e se aproveitam da
delicadeza feminina para expor sua foça ignorante, contra a beleza feminina.
Portanto, este poema de fundo
político social, dos compositores Chico Buarque e Augusto Boal gerou polemicas
e foram acusados de fazer apologia à submissão as mulheres. Mais uma vez se
comprova a falta de compreensão do que muitas pessoas leem. É uma realidade de muitos brasileiros que não
conseguem compreender o que leem.
Todavia, eles leem, porém, não entendem absolutamente nada. Sem dúvidas
são os reflexos do péssimo ensino das nossas escolas brasileiras, entram no
ritmo do "faz de conta" isto é, alguns mestres fazem de conta que ensina e alguns alunos fazem de conta que
aprendem. É a educação desvalorizada em nosso país, pois, nunca foi e nunca será valorizada pelos nossos governantes. Ler e não entender o que estar escrito
resulta em interpretações errôneas em relação a quem pensa e escreve com
propriedade o tema em debate. Foi o que ocorreu com esta linda música as
mulheres de Atenas”. Muitas pessoas não entenderam o pensar dos compositores e
já os acusaram de incitar a submissão feminina.
Infelizmente o sofrimento das
mulheres no nosso país e no mundo não mudou muito desde 1976, quando foi
composto este hino em defesa das mulheres. Muitas delas são vítimas dos maridos
e companheiros violentos (covardes, frouxos) além de todos os tipos de assédios
que sofrem na sociedade e especificamente no trabalho. Muitas delas por medo,
chantagens, e ameaças permanecem sofrendo silenciosamente. Então, agora
vamos ouvir e ler esta obra excelente de Chico Buarque de Holanda e
Augusto Boal e pensar em nossas lindas mulheres que merecem todo o respeito e
carinho.
Mulheres de Atenas, Chico Buarque-YouTube.
LETRA DA MÚSICA MULHERES DE ATENAS!
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus
maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite,
se arrumam
Suas melenas.
Quando fustigadas não
choram
Se ajoelham, pedem,
imploram
Mais duras penas
Cadenas.
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus
maridos, poder e força de Atenas
Quando eles embarcam,
soldados
Elas tecem longos
bordados
Mil quarentenas.
E quando eles voltam
sedentos
Querem arrancar
violentos
Carícias plenas
Obscenas.
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas.
Despem-se pros
maridos, bravos guerreiros de Atenas.
Quando eles se
entopem de vinho.
Costumam buscar o
carinho.
De outras falenas.
Mas no fim da noite,
aos pedaços.
Quase sempre voltam
pros braços.
De suas pequenas.
Helenas.
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas.
Geram pros seus
maridos os novos filhos de Atenas.
Elas não têm gosto ou
vontade.
Nem defeito nem
qualidade.
Têm medo apenas.
Não têm sonhos, só
têm presságios.
O seu homem, mares,
naufrágios.
Lindas sirenas.
Morenas.
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas.
Temem por seus
maridos, heróis e amantes de Atenas.
As jovens viúvas
marcadas.
E as gestantes
abandonadas.
Não fazem cenas.
Vestem-se de negro,
se encolhem
Se conformam e se
recolhem.
Às suas novenas
Serenas.
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus
maridos, orgulho e raça de Atenas.
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