Da Política às Pistas de Fuga. Em Fugópolis, a capital da esperteza e do desaparecimento, reinava supremo o Chefe Fujão. Desde a infância, ele era um mestre da camuflagem, capaz de se transformar em uma poça d'água ou num grão de areia quando a situação apertava. Na escola, enquanto os outros faziam lição de casa, ele estava ocupado traçando rotas de fuga por baixo da carteira. Ao ingressar nas forças armadas, sua carreira foi uma comédia de erros, ou melhor, de fugas. Ao invés de defender a pátria, ele defendia seu próprio umbigo, desertando em missões importantes para ir pescar. Seus superiores, exasperados, o expulsaram com um sorriso amarelo e um conselho: "Vá pescar em outro rio!" A política foi o próximo capítulo dessa saga épica. Eleito deputado, Fujão se dedicou a uma atividade insuspeita: a arte de não fazer nada. Seus discursos eram tão longos e incoerentes que até os próprios colegas cochilavam. Mas sua maior habilidade era a de parecer ocupado enquanto bocejav
A redação trouxe a realidade da mulher brasileira.
Todos os anos o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) faz provocar polêmicas, este ano não foi diferente.
A discussão recaiu sobre o tema da redação. É sinal que o tópico em debate foi bem pensando para ser escolhido para promover o debate.
Ele é atual e não fogem do contexto real de uma situação social preocupante as brasileiras. O assunto violência contra a mulher brasileira não é ficção é real mesmo. O mais grave é que a violência contra a mulher é um fato tenaz, triste, lastimável e inaceitável, e por isso mesmo, não poderia ser diferente, é natural que se gerasse este debate entre os estudantes que prestaram as provas do Enem de 2015.
Não é de incomodar-se com esta discussão, por quer infelizmente, vivemos num país onde a violência contra a mulher está longe de ser extinta. É um comportamento maldoso vivido diariamente nos lares, rua, trabalho e na sociedade em geral por muitas mulheres brasileiras.
Contudo, avalio como bastante positiva a proposta do tema de redação do ENEM deste ano. A abordagem “a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Sem dúvidas foi aberto um gigantesco e precioso auditório, que coubesse mais de sete milhões de estudantes que foram convidados a conjecturar e a escrever sobre este tema que está em conformidade com o alto índice de violência, uma péssima realidade nacional, que tem como vítima a mulher. Certamente todos que compareceram à sala de debate, pensaram e escreveram sobre o tema sobe prisma diferente. Entretanto, todos saíram do espaço de reflexão com outra visão diferente, isto é contrária a qualquer espécie de violência a mulher. A mulher é esta guerreira do cotidiano, trabalha para construir sua liberdade financeira e ajudar a proteger os seus. Porém, ela precisa ser sobretudo respeitada e amada mulheres por todos.
As contradições nas políticas públicas de proteções as mulheres.
Interessante é perceber algumas contradições do ponto de vista político. Certamente alguns estudantes puderam mencionar e se posicionar no seu texto algumas crítica sobre as políticas públicas que as protegem a mulher.
Pense bem! O mesmo governo federal que propôs esse mote suprimiu a secretaria nacional de políticas para a mulher. Enquanto isso no Brasil, desde a década de 80, mais de 92 mil mulheres foram assassinadas, sendo que 43,7 mil só na última década. A lei Maria da Penha necessita de investimentos concretos para garantir o acolhimento às vítimas da violência. Observe que os 5.365 municípios brasileiros, tão-somente 395 dos municípios possuem delegacia especializada para este tipo especifico de atendimento à mulher, vítima da violência do machismo.
Também o Congresso Nacional que está amargando a mais retrógrada legislatura recente, da história do Brasil, sob o comando do atual presidente Eduardo Cunha e das bancadas reacionárias aprovou mais um ataque aos direitos da mulher através da lei 5.069/13, que modifica a Lei de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Lei 12.845/13). Este projeto de lei coloca em risco o exercício de direitos e deveres importantes em nossa sociedade e discrimina as mulheres.
O tema da redação é atual e fácil de regir.
Portanto, a proposta do tema da redação para a prova do ENEM de 2015 é atualíssima por quer gerou grande repercussão no meio acadêmico e setores da sociedade. Trouxe um grande alerta para as mulheres e mais uma vez veio a reforçar a necessidade deste debate não cair no esquecimento, mas continuar caloroso daqui para frente, nas ONGs, escolas, sindicatos, e instituições organizadas protetoras da mulher em nossa sociedade.
Além disso, surge a necessidade urgente da organização da luta das mulheres pela ampliação dos seus direitos contra a violência e o machismo. Este debate simplesmente começou! Agora a responsabilidade da continuação é de todos. Em meio aos protestos prós e contra o Enem de 2015 já cumpriu sua missão de chamar a classe pensante os estudantes brasileiros, a não se omitirem, mas emitirem sua posição em defesa da mulher e repudiar veemente quais quer tipo de violência à mulher.
Como diz a própria Maria da Penha: “Num futuro próximo, os estudantes que fizeram o ENEM vão ser os profissionais que vão atender os casos previstos na lei Maria da Penha”.
Este futuro já começou e com toda a vigor da juventude estudantil, sedenta por justiça e paz. Paz sobre todos os aspectos entre homens e mulheres construindo um Brasil mais humano, justo. E que possa no decorrer do tempo eliminar esta mentalidade machista de alguns homens. Estes são meros covardes, aproveitadores da sensibilidade e ternura da mulher, para machucar ou vitimar de maneira cruel. Esta realidade doentia e violenta está na hora de terminar em nosso país. Deixar a mulher viver em paz e com direitos e deveres iguais a qualquer cidadão brasileiro.
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