Da Política às Pistas de Fuga. Em Fugópolis, a capital da esperteza e do desaparecimento, reinava supremo o Chefe Fujão. Desde a infância, ele era um mestre da camuflagem, capaz de se transformar em uma poça d'água ou num grão de areia quando a situação apertava. Na escola, enquanto os outros faziam lição de casa, ele estava ocupado traçando rotas de fuga por baixo da carteira. Ao ingressar nas forças armadas, sua carreira foi uma comédia de erros, ou melhor, de fugas. Ao invés de defender a pátria, ele defendia seu próprio umbigo, desertando em missões importantes para ir pescar. Seus superiores, exasperados, o expulsaram com um sorriso amarelo e um conselho: "Vá pescar em outro rio!" A política foi o próximo capítulo dessa saga épica. Eleito deputado, Fujão se dedicou a uma atividade insuspeita: a arte de não fazer nada. Seus discursos eram tão longos e incoerentes que até os próprios colegas cochilavam. Mas sua maior habilidade era a de parecer ocupado enquanto bocejav
A educação no Brasil nunca foi e nunca será prioridade. |
O gestor público de todas as esferas administrativas deste país tem o prazer
de eliminar proposital e absurdamente os
direitos dos professores. São
conquistas árduas, e resultados de muitos anos de mobilizações e grandes lutas. Os professores são os formadores de
todos os demais profissionais. Ainda assim, não tem seus direitos e suas
conquistas reconhecidos, respeitadas através de todos aqueles eleitos pela vontade
da população. Na democracia os povos passam uma procuração através do voto para
os representar e defender no poder executivo e legislativo. Os políticos
recebem também a caneta do poder para simplesmente
revogar os direitos dos trabalhadores em educação.
Existem
muitos governadores e prefeitos que foram eleitos para proteger os mestres, mas
quando chegam ao poder cortam o diálogo nas negociações. E se transformam em governos extremamente violentos e usam
a força policial, para reprimir de maneira truculenta os professores. Os
docentes, simplesmente como educadores vão defender na pratica seus direitos,
uma verdadeira aula de democracia e cidadania para ser exemplo de educador para
seus discentes. Contudo, são vistos pelos seus patrões públicos, como bandidos
de alta periculosidade. O exemplo recente de violência foi no Paraná onde se
tem um governador violento, de direita radical que usou da força policial e
mandou bater em seus professores, em
vez de dialogar democraticamente. Em
outros estados e em outras épocas os mestres foram recebidos com muita
violência por aqueles que deveriam zelar pela segurança do cidadão, dos educadores
e da educação.
Os
administradores públicos atacam os professores em várias frentes, salarias,
estruturais, pedagógica, etc e etc. Entretanto,
a mais sensível e visível é a questão salarial. Observem o que está ocorrendo
greves confrontos em todos os estados e municípios brasileiros. Atualmente existem
seis estados em greve são Pará, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, e
Sergipe, além de muitos municípios brasileiros.
O
motivo principal é o descumprimento da Lei do Piso, que neste ano estabelece o
reajuste de 13,01%, garantindo um salário inicial R$ 1.917,78. Esta situação possui forte tendência de
aumentar os movimentos das greves em
todo o país. Isso por quer os
governadores e prefeitos unicamente abandonaram a realidade dos professores, e
da educação, que é dramática em todo o seu sistema de ensino e aprendizagem.
A lei do piso do magistério. |
Patrões públicos do Brasil desmotivam seus professores pagando baixos salários e usando de violência policial. Aqui no RS até o momento não se cogita nenhum um centavo de aumento salarial para os trabalhadores em educação. Este mês foi determinado o parcelamento dos salários. A Justificativa falaciosa, o Estado está quebrado. Uma espécie de aviso penoso aos professores. Nem pensem e não venham pedir aumento e muito menos exigir o pagamento integral da lei do piso salarial nacional dos professores. Somente há uma alternativa a não se fazer uma greve forte e unida de toda a categoria. Igual às greves de vários anos a partir de 1979 e fins das décadas de 80 e 90. Nestas greves históricas o Cpers/sindicato conseguia unir o magistério gaúcho e mostrou sua força, por quer havia união da categoria e foram nestas greves onde a categoria conseguiu obter seus principais direitos.
Portanto,
vivenciamos mais terrível momento de crise econômica preocupante, mas mesmo nos
períodos de bonança, o magistério nunca foi zelado pelos seus administradores
como deveria ser. Com respeito e dignidade. Esta realidade cruel de desrespeito
aos direitos dos trabalhadores em educação sempre existiu e sempre existirá de
maneira intensa daqui para frente nos próximos anos. Esta desvalorização do
magistério poderá contínua e cada vez mais rigorosa, pelo simples motivo os
nossos governantes brasileiros, preferem um povo inculto. Uma nação
culta pode se transformar num sério problema para quem está no poder. É
fácil simplesmente investir em um ensino técnico, para formar mão de obra
barata do que investir em um modelo de aprendizagem que ensino a pensar. Os
governos sabem disso e a melhor maneira de implantar este “pão e circo” é
desmotivando os professores pagando salário de fome. Ainda que o professor
tenha vocação para o magistério em pouco tempo de trabalho pede exoneração e
parte para outra profissão que o valorize como profissional e permita ter uma
vida digna.