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A lenda do chefe Fujão.

Da Política às Pistas de Fuga. Em Fugópolis, a capital da esperteza e do desaparecimento, reinava supremo o Chefe Fujão. Desde a infância, ele era um mestre da camuflagem, capaz de se transformar em uma poça d'água ou num grão de areia quando a situação apertava. Na escola, enquanto os outros faziam lição de casa, ele estava ocupado traçando rotas de fuga por baixo da carteira. Ao ingressar nas forças armadas, sua carreira foi uma comédia de erros, ou melhor, de fugas. Ao invés de defender a pátria, ele defendia seu próprio umbigo, desertando em missões importantes para ir pescar. Seus superiores, exasperados, o expulsaram com um sorriso amarelo e um conselho: "Vá pescar em outro rio!" A política foi o próximo capítulo dessa saga épica. Eleito deputado, Fujão se dedicou a uma atividade insuspeita: a arte de não fazer nada. Seus discursos eram tão longos e incoerentes que até os próprios colegas cochilavam. Mas sua maior habilidade era a de parecer ocupado enquanto bocejav

É golpe milionário, para os gaúchos donos de precatórios.

O golpe milionário aos donos de precários é um deboche.



A imagem nas cores do Brasil tem o símbolo gráfico e universal do dinheiro ou moeda o ($) Cifrão, muda de um país para o outro; no Brasil é R$.
O Cifrão é o símbolo da moeda, muda de país para o outro; no Brasil é R$.


Este golpe milionário em precatórios no Estado do Rio Grande do Sul, destrói a esperança de um dia alguém receber algum valor, um enorme deboche. Os precatórios no Brasil e no RS são dívidas dos poderes públicos resultantes de ações judiciais dos cidadãos que têm plena consciência destes direitos e lutam por eles. Um débito público real que todos os governos de todas as esferas governamentais têm a pagar aos credores.


Entretanto, ao longo do tempo vem se tornando em legítimo folclore monetário, repleto de muitas batalhas judiciais incansáveis, lamentáveis, intermináveis, decepcionantes e frustrantes para todos os trabalhadores que ajuizaram uma ação contra os governos reivindicando seus direitos. No entanto, direitos estes que a própria justiça já julgou procedente, mas, como sempre, o governo alega a falta de dinheiro no tesouro estadual, para quitar esta dívida para com os seus servidores.


Contudo, sempre garantidamente o governo consegue postergar por tempo indeterminado o pagamento aos donos dos precatórios. No entanto, assim estes valores são transformados em uma bola de neve e realmente para os servidores públicos, permanecem simplesmente um sonho a serem realizados.


O sonho de algum dia receber algum precatório.


Todos sonham um dia em receber esta dívida do poder público que lhes deve, mas não o governo tem pressa para quitar. Sendo assim, O Chefe do Poder Executivo Estadual passa o mesmo recado único e definitivo aos funcionários públicos, diz que não haverá dinheiro em caixa para quitar este débito julgado procedente pelo Supremo Tribunal Federal.

O precatório já se consagrou uma saga real que tem início e meio, mas nunca existirá o fim feliz. As decisões nunca são favoráveis aos credores destes valores; ganhos em amplas e árduas batalhas judiciais, entretanto, vem se evaporando durante os incontáveis anos nas mãos, daqueles que eram para zelar por este crédito dos trabalhadores que se presumem receberem em vida e muitos não conseguem e vai a óbito. Lamentavelmente, sem gozar de seus direitos. Isso é muita crueldade para quem deu a vida para fazer desenvolver e esse Estado produzir riquezas.


As notícias que a mídia divulga sobre esse tema são desalentadoras.


Cada notícia que a imprensa divulga sobre os precatórios deixa os detentores desse direito julgado procedente pelo poder judiciário em pânico e ansiosos às margens de uma parada cardíaca ou um derrame cerebral. As notícias nunca são positivas, mas sobretudo, desalentadoras.

Não obstante, jamais se ouvirá as seguintes manchetes: amanhã o governo depositará todos os em folha de pagamento extra aos seus credores dos precatórios, em suas contas correntes em valores serão integrais, já corrigidos monetariamente. Nenhum possuidor de precatório ficará sem receber seus valores corrigidos até o quinto dia útil deste mês. O dinheiro será depositado há zero hora do primeiro dia útil do mês seguinte. O dinheiro já pode ser manipulado via aplicativo do Banco determinado. Não é necessário entrar em filas, todos receberão uma carta contendo um estrato explicativo da movimentação de seus precatórios. Infelizmente não passa de uma espécie de sonhos misturados com pesadelos ao nível de delírios dos funcionários públicos gaúchos que estão na permanente mendicância com seus proventos atrasados.


São delírios e sonhos de receber os precatórios?


Na imagem em forma de redonda e nas cores vermelha e no centro verde está inscrito: Precatórios Simplesmente Sonhos!
 Precatórios Simplesmente Sonhos!

Entretanto, para o desespero dos credores essas dívidas ganham em juízo. Todos irão ler e ouvir na imprensa: escrita, falada, e na “internet”, as amargas e importantes notícias que abalaram as estruturas emocionais dos donos de precatórios. As seguintes e infelizes manchetes: quadrilha rouba o dinheiro dos donos de precatórios e fogem para o exterior. Ministério Público e Justiça estadual descobrem quadrilha que roubavam os donos dos precatórios há muitos anos. A Polícia Federal prende ladrões de precatórios que eram experientes em fazerem manobras fraudulentas para levarem o dinheiro sem que ninguém percebesse. Os ladrões de colarinho branco e toga roubaram nestes últimos anos mais de 400 milhões de Reais dos donos de precatórios. Estas más notícias não param por aí; os desdobramentos são penosos para quem sonhava um dia receber uma quantia de um precatório tão aguardado.


Com este golpe, será mais difícil receber os precatórios.

Portanto, o golpe foi aplicado e agora? Quem já aguardava a mais de trinta ou quarenta anos para receber algum valor em precatório este tempo pode quadruplicar, ou talvez nunca mais receba um centavo do que havia de direito para reaver. Pode-se parafrasear “o sonho acabou”, esta é a cruel realidade de quem um dia imaginou receber alguns destes valores dos precatórios e poder usufruir de seu bem-estar e quitar alguma dívida pessoal ou sonhar em reformar, ou até comprar um lar para deixar de pagar aluguel. Se antes já estava muito difícil, agora a situação se complicou totalmente para quem foi fisgado por estas, gangues de togas, dos escritórios de advocacia envolvidos nesta fraude milionária.


LEIA MAIS: Os precatórios do RS são realidades inatingíveis.


Todas eram pagas pelos sonhadores dos precatórios para defender seus direitos até as últimas instâncias judiciais e desvendar todos os trâmites legais para provar a procedência. Todavia, um dia terão a obrigação de depositar algum valor na conta dos sonhadores. A situação partiu para outros planos torpes: os trabalhadores pagaram na boa-fé aos ladrões de togas para zelar pelo seu capital em julgamento, mas, estes roubaram o dinheiro dos precatórios daqueles que entraram com ações judiciais.


Só restam os donos correrem para resgatarem os prejuízos.


Portanto, o que resta a partir de agora é correr atrás dos prejuízos como sempre e na incerteza de não haver recuperação. Se um dia houver alguma esperança de recobramento deste dinheiro talvez o verdadeiro dono não exista mais entre os vivos.


Está lá habitando serenamente entre os companheiros de lutas na “cidade dos pés juntos”, apreciando o seguinte epitáfio debochado escrito em uma madeira infestada de cupins, por algum parente disfarçado de "bonzinho" que ganhou o direito de gozar os valores dos precatórios. Este ser preguiçoso, sem nenhum esforço e pensando que vai agradar o familiar.

Todavia, o elemento, vai agradecer o ente que deixou uma boa grana e debochadamente escreveu a mensagem fúnebre. Aqui “jaz um aguerrido lutador que partiu para eternidade na esperança de receber seus direitos trabalhistas, foi para o além sem ver a cor e nem o valor dos precatórios”.

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