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A lenda do chefe Fujão.

Da Política às Pistas de Fuga. Em Fugópolis, a capital da esperteza e do desaparecimento, reinava supremo o Chefe Fujão. Desde a infância, ele era um mestre da camuflagem, capaz de se transformar em uma poça d'água ou num grão de areia quando a situação apertava. Na escola, enquanto os outros faziam lição de casa, ele estava ocupado traçando rotas de fuga por baixo da carteira. Ao ingressar nas forças armadas, sua carreira foi uma comédia de erros, ou melhor, de fugas. Ao invés de defender a pátria, ele defendia seu próprio umbigo, desertando em missões importantes para ir pescar. Seus superiores, exasperados, o expulsaram com um sorriso amarelo e um conselho: "Vá pescar em outro rio!" A política foi o próximo capítulo dessa saga épica. Eleito deputado, Fujão se dedicou a uma atividade insuspeita: a arte de não fazer nada. Seus discursos eram tão longos e incoerentes que até os próprios colegas cochilavam. Mas sua maior habilidade era a de parecer ocupado enquanto bocejav

Passar da condição de independente, para dependente físico é doloroso.

A deficiência física humana, é um sofrimento contínuo.

A imagem de fundo vermelho e caracteres nas cores cinza está inscrito: Na deficiência física, é necessário reaprender permanente.
Na deficiência física, é necessário reaprender permanente.

A deficiência física é um dos sofrimentos que bloqueiam a vida de qualquer ser humano. Através de vários motivos, uma pessoa passa da condição de independente, para a situação de dependente, posição complexa; para realizar as tarefas rotineiras das quais amam fazer. Contudo, agora não possui mais habilidades para fazer o que deseja e gosta; esta realidade passará a ser árdua. A partir do instante que passa a depender dos outros para fazer quase tudo para viver gera dores inexplicáveis no coração. 

Quem nunca viveu uma situação de tamanha envergadura, nunca saberá avaliar a intensidade das dificuldades que passam as pessoas dependentes para fazerem as atividades mais simplórias que necessitam para viverem normalmente. 

Reaprender a viver é um aprendizado permanente, até conseguir a sua independência absoluta é uma tarefa diária e dolorida. No entanto, todos são guerreiros e defensores da vida e assim, a luta a caminho da libertação será árdua. Se conseguir a vitória será grandiosa.

Ser dependente físico rapidamente é muito difícil.

 

A dependência no sentido físico é muito embaraçosa para todos que necessitam dos outros para executar tarefas simples do cotidiano. Afazeres que antes se faziam com mais tranquilidade, agilidade e segurança. Atualmente tudo é complicado para muitas pessoas realizarem o que estavam acostumadas a praticar, antes de um determinado evento que transformou a vida por completo. Algo simples e costumeiro passa a ser uma barreira quase intransponível. A impressão que permanece é que tudo se transformou em uma situação impossível de concretizar qualquer ação e brota a imagem do irreversível. Principalmente para conseguir fazer os trabalhos mais simples que antes se executavam em perfeita habilidade. Isto é muito deprimente você depender de alguém para trocar uma lâmpada, uma torneira, lavar uma louça, fazer as refeições, apertar um parafuso de qualquer coisa que exija habilidade, fechar ou abrir um simples pacote de qualquer objeto. Para muitas pessoas que sofrem com quaisquer tipos de deficiências físicas, provindas de circunstâncias incomuns que obrigaram a criarem limites para a vida, necessariamente precisam aceitar esta condição para em seguida reaprender uma nova tática de sobrevivência.

 

Todas têm seu limite e se cansam do familiar com deficiência física, simples ou complexa.

 

As pessoas que ajudam no início do problema colaboram com bom gosto, mas com o passar do tempo vem o cansaço. Porquanto, no decorrer do tempo começam a saturar desta situação e aos poucos se inicia lentamente um processo de afastamento. É natural que isto aconteça, pois, ninguém tem a obrigação de fazer nada forçadamente. Esta dura realidade ocorre principalmente no meio familiar, muitos chegam a se revoltar e ser indiferentes à situação. Há casos que ocorrem até separações entre casais, porque quem está no estado de deficiência físico não serve mais. Isto sim, configura uma incomensurável desumanidade.

A todos que sofrem de uma deficiência física ou psicológica de qualquer espécie, o correto a ser feito, é iniciar um processo de reaprendizagem em tudo para não permanecer na sujeição absoluta dos outros. Assim, poderá criar um sentido para a vida e superar aos poucos os obstáculos uma ação a cada vez, num tempo próprio.

 

Todos têm uma história de dor e muitos não entendem.

 

Tenho vivido esta realidade desde um evento que quase me vitimou. Esta situação de deficiência física vem aumentando a cada ano. Tudo o que realizava antes, na mais serena agilidade, hoje consigo fazer algumas coisas fundamentais, um avanço. No entanto, outras precisam sempre depender de outros e geralmente se paga um preço alto. São situações constrangedoras, deprimentes e às vezes revoltantes. Todavia, ao mesmo tempo, sou grato por estar vivo, até para pensar e reaprender a até digitar um mero texto. É complicado ter que aceitar esta condição de deficiência física, algumas geram a total dependência humana, é um grande sofrimento. Muitas pessoas não entendem o porquê de tudo isto é incompreensível e às vezes sinto que não sirvo mais para nada. Não adianta lamentar a minha dor, ninguém a entende, é melhor permanecer no silêncio e tocar a vida para frente sem amargura e todos os dias reaprender a superar uma dificuldade, ainda que seja menor, mas é uma vitória grandiosa.

Já passei por alguns momentos de dor e preconceito.
 

Além de tudo estes sofrimentos enfrentam outros tipos de dores. A dor do preconceito para com os portadores de deficiência física é velado na sociedade, uma ação muito dolorida. Hoje regredimos ao tempo do obscurantismo; onde predomina uma sociedade selvagem com traços de civilidade e humanidade. Contudo, sobressaem os resquícios da barbárie danosa que machucam as pessoas, sem que elas tenham culpa das coisas. Há pessoas neste mundo que sempre pensam que são imunes a qualquer infortúnio existencial e fazem brincadeiras de medíocre, de péssimo gosto e mal-intencionado, no propósito de ofender; sem ao menos conhecerem a história e o sofrimento alheio.

Respeitem todos que apresentam qualquer grau de deficiência.

 

Portanto, respeitem as pessoas que sofrem por algum tipo de deficiência física e principalmente as suas dores. Nunca colabore para aumentar as dores de quem sofre diariamente diante de algum tipo de deficiência física e são dependentes involuntariamente. Ajude se quiser ajudar, mas de bom coração, se não desejar socorrer num episódio na rua ou outro lugar, não intervenha, mas, por favor, respeite o sentimento das pessoas que sofrem por algum motivo de deficiência física e sua dependência humana de outrem. Lembrem-se ninguém pediu e nem quer ser deficiente e dependente nesta vida. Principalmente nesta sociedade atual, onde predomina o egoísmo e endossado de árdua crueldade.

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