Uma das principais características da
sociedade presente é a solidão.
A imagem transmite a ideia de solidão humana atual. |
A solidão é um sentimento
doloroso que brota da alma, do coração humano. É como uma navalha, afiadíssima,
que vai cortando lentamente as entranhas do ser. Causando uma dor inexplicável
por palavras, as quais fazem as outras pessoas entenderem. Somente irá
compreender quem sofre um pouco ou muito tempo.
Esta navalha cortante, faz penetrar no espírito, gerando um vazio
incomensurável.
Sempre a solidão está presente na vida de todos e durante a história, em diversas situações pessoais e sociais. Podem perceber que este sentimento é real e preocupante, apresenta uma tendência de aumentos severos em plena era digital. Hoje quase todos estão no meio da multidão, mas, ao mesmo tempo, na solidão, na indiferença, no anonimato populacional ou até virtual. Há situações em que esta realidade sentimental, ocorre frequentemente no meio familiar.
Os membros familiares não têm
mais tempo para o diálogo, aquela conversa familiar gostosa, durante as
refeições em família, não existem mais. Todos mastigam os
alimentos emudecidos com os presentes à mesa, mas conversam com estranhos
com os dedos só na digitação.
A comunicação não existe mais;
contudo, todo o tempo é destinado para os amigos virtuais. Em pleno auge da
“internet”, há casos absurdos; onde muitos se comunicam por correios
eletrônicos, salas de conversação familiares. Até promovem e formam uma rede de
vídeos conferências dentro da própria casa. Não valorizam os bons momentos da
vida familiar. Muitos desperdiçam estes valorosos e indispensáveis momentos e
anulam os diálogos familiares. Simplesmente se
fecham em seus quartos conectados às redes sociais adicionando novas
amizades virtuais enquanto o ciclo familiar vai se deteriorando, mas se perdem
no tempo.
São imagináveis, as consequências da nova modalidade da relação familiar.
As consequências deste novo tipo de
convivência doméstica solitária são imagináveis. Além daqueles que já são
visíveis como os conflitos de todos os tipos e destruição de lares e uniões que
demonstravam solidez, caem na fragilidade sem volta.
A cada década vem se
intensificando a solidão entre os humanos de maneira acentuada. Mesmo que
alguém possa ter dezenas, centenas, milhares de amigos nas redes sociais, assim
mesmo, a solidão se perpetua no dia a dia na convivência familiar. Destes
milhares de amigos que pensamos ser verdadeiros, pode ter certeza de que não
são companheiros fiéis. Muitos humanos enchem os pulmões e dizem em alto e
bom-tom: tenho tantos amigos adicionados nas páginas de relacionamentos
virtuais. O espantoso é que estes amigos nunca se viram pessoalmente, nunca
ninguém olhou no olho que demonstra a sinceridade. Muitos são simplesmente os
velhos amigos que têm perfis “fake” e muitas pessoas não percebem esta
realidade bem perigosa. É uma mera relação virtual sem muito sentido.
Só existe uma amizade segura aquelas pessoas
reais, as quais confiamos.
A melhor amizade é aquela que sem
sombras de dúvidas, as dos amigos que se conhecem física e pessoalmente. Estes,
sabem, onde moram com os seus costumes, suas manias, seus gostos, sua forma de
agir nas circunstâncias reais. O legítimo amigo é aquele que te entende, te
escuta, discorda, discute e depois chega a uma reconciliação. Geralmente tudo é
selado com um abraço caloroso, fraterno e afetuoso. As
relações virtuais são utopias que às vezes surgem do nada. Começa uma certa
amizade, mas uma ternura astuta, cuidado, muitas delas são com segunda e
terceiras intenções. Elas podem sim, causar sérios problemas nas redes sociais.
Nunca divulgar dados pessoais, mas se relacionar de maneira mais impossível.
Nunca se deve trocar as relações familiares
as quais são seguras por aquelas incertas.
Portanto, a solidão é este
sentimento presente atualmente, mas é uma realidade no mundo vigente. Contudo,
é movido pelas relações puramente virtuais. Certamente, existe tempo para
reverter este paradoxo das relações modernas. Todavia é imperativo
resgatar as relações familiares, porque elas são as bases sólidas para que
se tenha uma vida com identidade e referência segura e própria.
Ainda que, haja conflitos
domésticos os quais são normais, pois, somos todos imperfeitos e logo deve
prevalecer a compreensão e o entendimento. Somente assim, para zerar lentamente
as hostilidades e recomeçar uma relação familiar de paz fundamentada no amor de
toda a parentela. Todavia, jamais se pode abandonar a ternura familiar, em
troca das amizades que são incertas e estranhas ao convívio seguro da família.
A vida é curta e não dá para desperdiçar com coisas incertas.
Infelizmente hoje tem idosos que
são interditados por incapacidade e outros interesses materiais. Os filhos
levam, internam e abandonam as clínicas psiquiátricas e geriátricas. Todavia,
simplesmente pagam para outros cuidarem, nunca mais as visitam. Elas são abandonadas,
por todos os parentes, consequentemente falecem de depressão, a dor alma, a
doença da discriminação social. Ela é acelerada pela solidão; uma grande
desumanidade.
Há outros casos de abandonos existentes no meio familiar e social, o qual ocasiona a tristeza para falar. Esta situação, ocorre principalmente para estas vítimas dos abanados domésticos. São inocentes, eles vivem no isolamento sem fim. É uma crueldade da sociedade contemporânea e moderna onde predomina a solidão sem fim.
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