O plebiscito é essa ação democrática e
histórica de participação popular.
Plebiscito e o referendo. |
Observe que a história é notória
como os fatos e seus meios democráticos se repetem de forma amplamente cíclica.
Contudo, dentro deste círculo
histórico os autores dos fatos são os cidadãos os senhores da história. Como
podemos perceber de tempos em tempos o homem artífice de mecanismos que regulam
a convivência em sociedade volta a estes remotos meios para fazerem uso na
atualidade! É o caso do plebiscito que iria ocorrer no Brasil em setembro de
2014.
A população brasileira era para
decidir no voto o tema relevante, na Constituição Federal, em relação à reforma
política e outros assuntos importantes os quais a nação está a exigir
modificações. Após o povo decidir o que quereriam, a Câmara dos deputados e o
Senado Federal dariam prosseguimento às reformas até a promulgação
presidencial.
Este plebiscito de 2014 não foi
realizado em razão de muitas divergências políticas e sobretudo jurídicas que
impossibilitaram a realização naquele ano de 2014.
O tema era sobre a reforma
política e como tal pelo seu grau de relevância e interesses dos próprios
políticos tudo continua como está e certamente uma reforma política séria,
levará séculos para ser realizada no país. No país, entre plebiscitos e
referendos já foram quatro.
A partir de então, será apresentada
uma síntese de cada um deles. Há diferenças de interpretação no meio jurídico
entre os termos plebiscito e referendo.
Conheça a definição de plebiscito.
Os habitantes dos países
democráticos gozam desse privilégio, de serem consultados diretamente em certos
momentos dúbios da vida política no comovente a criação ou na manutenção de
algumas leis ou controvérsias. Nestes casos de ambiguidades são chamados para
participar do plebiscito e do referendo.
Normalmente nas sociedades
democráticas os legisladores quando querem criar uma lei polêmica em vez de
impor a nação se faz em todo o país ou uma certa região uma ampla consulta à
população através do voto. Este voto é num formato diferente entre o SIM
e o NÃO. É feito uma ampla divulgação com tempo suficiente para os dois
lados discutirem as suas propostas e convencer a população a decidir entre um e
outro. Os órgãos eleitorais do país no caso do Brasil, os Cartórios eleitorais
dos municípios, os (Tribunal Regional Eleitoral, dos Estados (TRE), sob a
coordenação nacional do TSE (Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, fazem
todo o processo plebiscitário. Contudo, no fim da apuração o vencedor é quem
convenceu a população a decidir pela via certa seja a do sim ou a do não. Se a
população julgar que é o momento de uma proposta ser constituída em lei, assim
se cumprirá, caso contrário a ideia termina após a apuração e os resultados
entre o sim e o não. Todavia a população é sim amplamente consultada neste ou
aquele tema polêmico e o povo através do voto consegue dizer sim, quero ou de
afirmar não, é fim de linha.
No entanto, há situações em que
determinada lei já foi formalmente aprovada, surge a necessidade de outro tipo
de consulta, a população para que ela possa acolher ou simplesmente rejeitar.
Este tipo de parecer popular existe nas sociedades democráticas e é denominado
de referendo do povo, onde o próprio nome já diz que deve a população se
ratificar para ser lei forte. Este instrumento democrático que tem a
participação direta dos cidadãos não é novo, os romanos foram os primeiros a
criarem este meio para decidirem sobre questões importantes da época. No
entanto, era realizado de acordo com o contexto histórico, mas trazendo para
agora adaptando a realidade de cada nação tem a mesma finalidade. A palavra
plebiscito é de origem latina. Este vocábulo vem do latim “plebiscitu” que é o decreto
da plebe, os romanos antigos consultavam obrigatoriamente os plebeus
para votarem e decidirem sobre questões relevantes da época.
Na história romana os plebiscitos eram
comuns.
Os romanos usavam o plebiscito,
como o grande instrumento, democrática na época, para decidir o melhor para a
população.
Ao examinar a sociedade romana da
antiguidade, estas eram constituídas por várias camadas sociais entre elas os
plebeus. Os plebeus que formavam a maioria da população. Contudo, tinham
pouquíssimas influências políticas na época da monarquia. Entretanto, esta
multidão que formava um mundo a parte de Roma e por serem formada por pessoas:
comerciantes, artesãos e agricultores. Gozavam da proteção do Estado romano por
terem defendido o país em período de guerra. Contudo, os plebeus não possuíam
direitos políticos e nem civis reconhecidos. Não obstante, pelo fato de pagarem
altos tributos ao governo de Roma eram livres e alguns deles ricos. Existem
relatos que muitos plebeus eram pobres e já naquela época vendiam seu voto para
o senado em troca de sustento ou cargos e passavam a ser clientes dos homens
ricos, mas sempre eram convocadas para os plebiscitos.
Este meio de decisões foi usado no Brasil várias vezes.
O Brasil já utilizou desse
expediente democrático em sua história quatro vezes e todos eles tendem para
uma ampla participação popular para decidir questões estruturais de extrema
relevância para sociedade brasileira. Vasculhando os anais de nossa história
verifica-se que o primeiro plebiscito aconteceu em 6/01/1963 para decidir sobre
qual forma e sistema de governo iria prevalecer no país. Isto aconteceu dentro
de um contexto histórico muito tenso após a renúncia do presidente Jânio
Quadros em 25/08/1961 e os militares não aceitavam seu vice Jango Goulart assumir
a presidência da República, era o prenúncio de um período conturbado onde
resultou na ditadura militar. Depois ocorreram outros plebiscitos e referendos
nos anos de 1993, 2005, 2010 e 2011 é sobre a divisão
do Estado do Pará. Até o momento bastante polêmico para decidir sobre
vários temas de relevância para o povo brasileiro.
O plebiscito de 21/04/83 foi
sobre o sistema de governo que já havia sido determinado na Constituição Cidadã
de 1988, no
Art.2º (ADCT) a disputa era entre
República ou Monarquia, presidencialismo e parlamentarismo e em ampla maioria os eleitores decidiram adotar
o sistema de governo República Presidencialista.
No ano de 2005 ocorreu o
referendo nacional foi muito importante para amenizar a violência no país. Este
referendo convidou todos os brasileiros para apreciação sobre e dizer sim ou
não a permanência do comércio de armas de fogo e as munições no Brasil. Naquela
época a população com sensatez e prudência disse não!
Em 2010 ocorreu outro referendo
regional no Acre. Este referendo era de extrema importância para a população
acreana, em relação ao fuso horário. Eles foram chamados para referendar ou
ratificar a Lei nº 11.662 a redução ou não de 2 horas, para 1 hora no fuso no
Estado do Acre. Os eleitores decidiram
retornar para o fuso horário antigo, de duas horas de diferença em relação a
Brasília.
A participação popular é decisiva para
decidir o que é melhor para o país.
Portanto, estes plebiscitos e referendos que já aconteceram e o que está por vir são momentos imprescindíveis para a população discutir e debater temas de suprema importância para a vida de todos os cidadãos brasileiros. É a democracia em prática, estes instrumentos são legítimos canais diretos de participação popular, onde o cidadão através do voto consegue decisão para escolher de acordo com sua consciência e livre arbítrio o melhor para a sociedade brasileira.
Comentários
Postar um comentário
Por gentileza deixe seu comentário é muito importante para nosso trabalho.