Da Política às Pistas de Fuga. Chefe Fujão fugindo da justiça na madrugada. Em Fugópolis, a capital da esperteza e do desaparecimento, reinava supremo o Chefe Fujão. Desde a infância, ele era um mestre da camuflagem, capaz de se transformar em uma poça d'água ou num grão de areia quando a situação apertava. Na escola, enquanto os outros faziam lição de casa, ele estava ocupado traçando rotas de fuga por baixo da carteira. Ao ingressar nas forças armadas, sua carreira foi uma comédia de erros, ou melhor, de fugas. Ao invés de defender a pátria, ele defendia seu próprio umbigo, desertando em missões importantes para ir pescar. Seus superiores, exasperados, o expulsaram com um sorriso amarelo e um conselho: "Vá pescar em outro rio!" A política foi o próximo capítulo dessa saga épica. Eleito deputado, Fujão se dedicou a uma atividade insuspeita: a arte de não fazer nada. Seus discursos eram tão longos e incoerentes que até os próprios colegas cochilavam. Mas sua maior habilid
A imagem diz que a qualidade de vida começa na água potável. |
Nesta matéria quero analisar apenas
o caso do rio dos sinos o quarto mais poluído do país. A matéria ficaria muito
extensa se fossem avaliar todos os casos de todos os dez rios mais poluídos
brasileiros. O rio dos sinos, o conheço bem, e sou mais um habitante vítima, a
tomar esta água podre, cara e imprópria para o consumo humano. Então como moro
nesta região fica mais fácil de estudar este rio que existiam vigorosas vidas,
mas hoje está agonizando. O processo de destruição do Rio dos Sinos não difere
muito dos demais rios brasileiros. O que se percebe visivelmente sem muito
conhecimento cientifico, são os mesmos comportamentos como as populações
promovem para levarem a contaminação e destruição deste rio. São os mesmos
métodos predadores utilizados para contaminarem os demais rios brasileiros.
O crescimento econômico
desenfreado, o lucro astronômico a qualquer preço e inconsequentes para a
sociedade, a falta de saneamento básico em todas as cidades banhadas pelo Rio
dos Sinos. Grandes loteamentos habitacionais irregulares. Indústrias que
despejam seus dejetos químicos sem tratamento direto no rio e tantas outras
coisas que se constroem sem fiscalização dos órgãos ambientais e muitos com
consentimentos via propinas. Preste atenção nos últimos grandes escândalos
ambientais denunciados pela imprensa nesta região.
Uma população sem educação e
conscientização ambiental, jogam muitas coisas diretamente no rio em vez de
colocarem no lixo e em locais adequados. Arremessam no rio todas as espécies de
lixo, como sacolas plásticas, móveis, pneus, carros velhos e tudo que se possa
imaginar podem ser encontrados no leito do rio.
A falta de educação ambiental nas
escolas e para a comunidade em geral, a falta um programa de conscientização
voltado para educação e transformar a mentalidade que muitos têm de jogar lixo
em qualquer parte dos afluentes do Rio dos Sinos. Falta alguém orientar a estas
pessoas e dizer que o lixo de qualquer natureza deve ser jogado no lixo e não no
rio. As administrações municipais têm o dever de criar um amplo programa de
coleta seletiva e reciclagem do lixo. Dinheiro existe para este trabalho de
conscientização falta vontade política.
Todo este progresso desordenado e
sem sustentabilidade ambiental, vem transformando o comportamento da população
moradas das margens da bacia hidrográfica do Rio dos Sinos, a fazerem as coisas
erradas. Como consequências a conviverem no sofrimento como as enchentes e
outras imagináveis daqui para frente. Hoje o rio dos sinos está muitíssimo
poluído recebendo uma classificação desesperadora de quarto lugar no Brasil. O
mais grave de tudo isso é a questão da qualidade de vida, para mais de 1,3
milhão de habitantes de 37 municípios numa extensão de 197 quilômetros, que
dependem exclusivamente desta água podre para viver. Uma situação seríssima que
exige um longo trabalho de conscientização dos órgãos governamentais a
população.
Mortandade de peixes no Rio dos Sinos - 2006.
Além disso, a bacia hidrográfica do
rio dos sinos necessita urgentemente de pesados investimentos do governo de
todas as esferas municipais, estaduais e federais para reverter esta situação
em curto prazo. Recursos existem, não existe é seriedade e vontade política
para solucionar este problema vexatório para o povo gaúcho e brasileiro. São
dispensáveis os programas demagógicos e eleitoreiros, pois a situação é mais
séria do que muita gente imagina. Tem que se pensar grande e pensar grande
exige o esforço de todos, ilesos de demagogias baratas e principalmente, de qualquer
tipo de corrupção. Estamos falando de água, coisa séria. E água limpa é esta
que produz vida de qualidade para todos os habitantes da bacia do rio dos sinos
e dos demais rios brasileiros. A vida de
milhões de pessoas está em risco, portanto, deve estar acima de qualquer
interesse econômico, político, partidário e demagógico. Todas as iniciativas
que visem limpar a bacia hidrográfica dos Sinos devem ser projetos impactantes
que envolvam a todos nós mesmos objetivos para defender o rio e zelar como se
fosse preocupar-se com a vida, com muito respeito e dignidade.