Da Política às Pistas de Fuga. Chefe Fujão fugindo da justiça na madrugada. Em Fugópolis, a capital da esperteza e do desaparecimento, reinava supremo o Chefe Fujão. Desde a infância, ele era um mestre da camuflagem, capaz de se transformar em uma poça d'água ou num grão de areia quando a situação apertava. Na escola, enquanto os outros faziam lição de casa, ele estava ocupado traçando rotas de fuga por baixo da carteira. Ao ingressar nas forças armadas, sua carreira foi uma comédia de erros, ou melhor, de fugas. Ao invés de defender a pátria, ele defendia seu próprio umbigo, desertando em missões importantes para ir pescar. Seus superiores, exasperados, o expulsaram com um sorriso amarelo e um conselho: "Vá pescar em outro rio!" A política foi o próximo capítulo dessa saga épica. Eleito deputado, Fujão se dedicou a uma atividade insuspeita: a arte de não fazer nada. Seus discursos eram tão longos e incoerentes que até os próprios colegas cochilavam. Mas sua maior habilid
Eleições Municipais de 1996 em Campo Bom–RS: Uma Jornada de Coragem e Determinação.
A trajetória política é uma jornada repleta de desafios e aprendizado. As eleições municipais de 1996 em Campo Bom–RS representaram um capítulo significativo na minha vida, tanto pessoal quanto pública. Enfrentando uma campanha eleitoral com poucos recursos, mas com muita determinação, revelou-se uma experiência transformadora e enriquecedora, que jamais será esquecida.
As eleições municipais de 1996 em Campo Bom–RS foram um marco na minha vida pessoal e pública. Esse ano foi repleto de atividades que me fizeram crescer, amadurecer e aprender a interagir com a comunidade. Foi uma experiência singular, muito diferente do meu habitual como docente e teorizador de conhecimentos filosóficos.
Foi um excelente aprendizado político, saindo das grandes conjecturas e vivenciando uma prática social real e direta com o povo. O aumento das atividades foi especial, exigindo corresponder às expectativas de uma população ansiosa por mudanças no campo político local.
Atividades profissionais durante 1996.
Em 1996, eu era professor de Filosofia, História e Psicologia na Escola Estadual Fernando Ferrari, trabalhando 60 horas semanais em sala de aula.
Também fui eleito, pelo voto direto, diretor-geral do 14⁰ Núcleo do CPERS/Sindicato, no período de 1996 a 1998. O 14º núcleo sempre defendeu os direitos trabalhistas dos trabalhadores em educação dos 27 municípios do Vale dos Sinos, Caí e Paranhana, com 181 escolas e mais de dois mil professores e funcionários de escolas sócios.
Convite e aceitação do partido para concorrer às eleições.
Como filiado ao PT desde sua fundação em 1980, fui convidado pelo partido para concorrer a vice-prefeito de minha cidade. Aceitei com orgulho e disposição, mesmo sabendo que não haveria a mínima possibilidade de vitória neste pleito. Com o candidato a prefeito Arlei Laranjeira, enfrentamos uma campanha difícil, sem condições financeiras, mas com muita coragem.
A ousadia de competir sem condições financeiras.
Saímos para pleitear as eleições com a força e a coragem, sem estrutura política e financeira. A cidade de Campo Bom adotava a lógica preconceituosa de que o PT era responsável por qualquer baderna no país. Mesmo assim, enfrentamos a resistência e o preconceito da população, colocando nossos nomes na boca dos leões, sem medo, mas com altivez.
A resistência e o preconceito da população.
Em 1996, as urnas eram de lona, com lacre e cadeado. A resistência da população em relação ao PT era grande, e qualquer pessoa que se atrevesse a concorrer a algum cargo eletivo enfrentava um sistema monopartidário. Mesmo assim, colocamos o partido na vitrine, visitando todos os bairros e ruas da cidade, divulgando nosso programa de governo com poucos recursos.
A desmistificação preconceituosa contra o partido.
Gradualmente, quebramos o preconceito e mostramos para o povo campo-bonense que o PT não era o bicho de sete cabeças que muitos pintam. Iniciamos um trabalho árduo, construindo um pouco da história política de Campo Bom em 1996. Esse período deve ser registrado nos anais petistas, pois deixamos um legado de determinação e coragem.
Uma campanha audaciosa, mas com a sensação de dever cumprido.
Foi uma campanha complexa e audaciosa, mas tenho certeza do dever cumprido como cidadão e filiado ao partido. Considero uma campanha vitoriosa, não pela consagração das urnas, mas pela experiência adquirida e pela forte presença do partido na busca do poder municipal.
O resultado do pleito municipal em 1996.
O resultado da eleição daquele ano não foi surpreendente, dado o contexto político do município. A população exigia mudança, mas acabou escolhendo uma mudança que trouxe momentos turbulentos para a administração e muitas consequências para a comunidade de Campo Bom.
Sendo assim, política é uma luta constante, e cada campanha é um passo em direção a um futuro melhor. A história do PT em Campo Bom, especialmente nas eleições de 1996, é uma prova de que a coragem e a determinação podem abrir caminho mesmo nas situações mais adversas. É uma história de resistência, aprendizado e esperança que continua a inspirar gerações futuras.
_____________
Referências:
Para mais informações sobre o processo eleitoral, visite os sites do [TRE-RS](http://www.tre-rs.jus.br) e do [TSE](http://www.tse.jus.br).
Comentários
Postar um comentário
Por gentileza deixe seu comentário é muito importante para nosso trabalho.