Sonhos dos educadores gaúchos e brasileiros estão longe de serem realizados.
Sonhos! Quais são os teus? |
Naturalmente o magistério do Estado
do Rio Grande do Sul e do Brasil vivem de sonhos, esperanças e lutas vitalícias
ou às vezes pesadelos. Permanecem na expectativa de cada mês. Este mês foi
péssimo, as despesas ultrapassaram as receitas. O saldo bancário continua no
vermelho, quem sabe o próximo vai ser melhor. Com certeza irão pagar um
aumento, ou aquele precatório há muitos anos emperrados na justiça. Talvez se
cumpra integralmente a lei do Piso Salarial Nacional do Magistério.
Quem sabe se pagarem os retroativos das promoções, quem foi promovido em mil novecentos e antigamente, ou outras ações trabalhistas que o governo nos deve e nem lembramos mais. Estão mofando nas engrenagens burocráticas da justiça e da má vontade política do governo. Qualquer coisa que brotar de pagamento no contracheque será concretizada o sonho de um mês sem sufoco, mas por enquanto tudo são sonhos ou pesadelos. Mês a mês, ano a ano, governo a governo e nada muda, parece que as coisas andam para trás. É outra frustração mensal, mas resistem os docentes gaúchos e brasileiros. Aqui segue um legítimo sonho decepcionante ou pesadelo dos docentes guerreiros.
Sendo assim, em final de
carreira, seja por tempo de serviço ou por força bizarra a sua vontade. Os salários
não lhe permitem descanso. No entanto, muitos continuam sempre presentes na
ativa, fazendo bico. Com uma disposição apreciável encontra meios para estar ao
lado dos companheiros lutadores.
Após participar de uma atividade
sindical para garantir seus parcos direitos conquistados ao longo de sua
história profissional.
O peso da idade do ancião professor.
O senhor docente sentiu o peso da
idade e cochilou antes do habitual horário de repouso noturno, ao despertar
atordoado lembrou-se de que faltava algo para encerrar sua jornada diária.
O professor meio abatido com seu
estado de saúde, física e mental. Sonolento, lembrou-se de sua rotina caseira.
Como de costume reiterado, contudo, desta vez, agiu com as presas, foi ao berço
e obteve um sono perturbador. Como consequência os efeitos colaterais, foram
fulminantes.
Entrou num profundo estado de
transcendência, todavia era apenas um constrangedor desatino, que o levou ao
nível de puro deslumbre. No mais profundo momento de suas alucinações
sonhadoras sem muito nexo. Retirou-se para um estágio inexplicável de
felicidade e tudo parecia real.
Ao desfrutar dos deleites, de um
momento anormal durante esta ambígua noite de sua vida, viu várias situações
jamais vista e assim analisou e as traduziu.
Na primeira parte da anormalidade
se percebeu de maneira clara que o atual governo não cumpriu o que prometeu
durante suas campanhas. Esta realidade se repete em todos os estados do país,
assim, termina o sonho de uma nação próspera.
Todos trabalhando felizes.
Uma gente que não perdia a
esperança de ter paz sem limites, trabalho digno e com salário justo, educação
de qualidade, habitação para todos, segurança de verdade, saúde de excelência,
comida farta na mesa, alimentos sem agrotóxicos, lazer a sua vontade.
O momento mais perturbador
daquela tenebrosa noite foi quando notou que estava habitando em um lugar
ignorado, onde se alegrou convivendo com pessoas afortunadas exceto de seu
habitual.
Agora dúbio observou um grande
espetáculo de irrealidade. Indivíduos tendo uma vida neste confim do planeta
acostumada a não ter: medo, corrupção, violência, discriminação de todos os
tipos, favelas, drogas, prostituição, negociatas, nepotismo.
A ocasião mais dramática deste
experiente professor foi quando ele chegou num estágio meio acordado e meio
dormindo, foi uma ocasião de uma verdadeira alucinação extasiante ou quase em
processo de surto. Contudo, notou, notou e identificou-se ofuscado com aquelas
pessoas, que lutavam por: salário justo, direitos dos mestres cumpridos,
professores felizes em sala de aula.
Quando imaginou que aquele quadro
de irrealidade tinha terminado, a situação ficou descontrolada e o velho
educador sentiu-se à beira de um precipício que quase caiu e com certeza iria
gostar, mas não soube explicar por que motivo isso não aconteceu.
Algo estranho impediu ele de
participar deste grau de felicidade peculiar, percebeu uma gente que gozava
suas conquistas gloriosas, um povo preocupado em ver governos cumprindo o que
prometeram durante suas campanhas.
Implantando e pagando o piso
nacional do magistério, como manda a lei.
Criando um ambiente digno de
trabalho, saldar um salário justo aos professores e funcionários de escolas.
O seu Instituto de previdência
funcionando em plenas condições.
Todos os servidores possuem
médicos quando necessário. Precatórios, promoções pagas em dia e todas as
reivindicações da categoria cumpridas sem a “via cruxis” de recorrer à justiça.
Terminou o sonho o pesadelo de felicidade do senhor
educador.
Portanto, o período decadente
deste frustrante acontecimento, coexistiu em ter experimentado o aroma de uma
felicidade momentânea. Quando o ilustre docente despertou para a realidade, viu
e sentiu que tudo novamente era cruel. Tudo não passava de um pesadelo
misturado a momentos com sonhos, excêntricos de serem realizados.
Tudo simplesmente irrealidade, uma história de vida atravessada em segundos, mas com a sensação de muitos anos de uma luta inglória. No seu âmago gerou um lapso derrotista, mas instantaneamente encheu-se de forças e uma tremenda vontade de reconquistar as suas lutas. Por conseguinte, neste quadro em que se encontrava com a consciência lúcida e os pés no chão, percebeu que era mais um sonho, uma ilusão como sempre, um pesadelo. A luta voltou velozmente e continua até quando? Até a mais imediata greve há movimentos, lutas e mais resistências, sempre, sempre.
Por que sem lutar corre sério
risco de perder o que foi conquistado e garantido por lei? Sem este mecanismo
de direito, todos assumirão os efeitos colaterais da inércia seria
imprevisível. O que fazer agora? Você vai continuar em alerta ou prefere
cochilar correndo o risco de perder o que conquistou em bravas lutas?
Todavia, viver de sonhos ou pesadelos
para sempre, na ilusão de que os outros podem lutar por ti. Como justificativa
da omissão, pronunciar para os colegas, o velho e irritante chavão, “já fiz a
minha parte há muitos anos”, agora é a vez dos novos lutarem. Pense melhor, as
coisas não são fáceis. É hora de lutar e não de sonhar.
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