Da Política às Pistas de Fuga. Em Fugópolis, a capital da esperteza e do desaparecimento, reinava supremo o Chefe Fujão. Desde a infância, ele era um mestre da camuflagem, capaz de se transformar em uma poça d'água ou num grão de areia quando a situação apertava. Na escola, enquanto os outros faziam lição de casa, ele estava ocupado traçando rotas de fuga por baixo da carteira. Ao ingressar nas forças armadas, sua carreira foi uma comédia de erros, ou melhor, de fugas. Ao invés de defender a pátria, ele defendia seu próprio umbigo, desertando em missões importantes para ir pescar. Seus superiores, exasperados, o expulsaram com um sorriso amarelo e um conselho: "Vá pescar em outro rio!" A política foi o próximo capítulo dessa saga épica. Eleito deputado, Fujão se dedicou a uma atividade insuspeita: a arte de não fazer nada. Seus discursos eram tão longos e incoerentes que até os próprios colegas cochilavam. Mas sua maior habilidade era a de parecer ocupado enquanto bocejav
Os governantes entregaram as chaves dos poderes aos reis momos, mas é hora de as recolherem.
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Para responder esta questão perturbadora se precisa de socorro de fonte segura. “O Rei Momo é considerado o dono do Carnaval, é quem comanda a folia. Possui uma personalidade zombeteira, delirante e sarcástica”. Procedente da mitologia grega, ele é filho do sono e da noite, e acabou expulso do Olímpio morada dos deuses porque tinha como diversão ridicularizar as outras divindades.
O rei momo no Brasil é semelhante aos atuais governantes golpistas.
Hoje existe concurso para a escolha do rei momo em vários municípios e estados do país. Para participação do certame é preciso ser muito simpático e esbanjar alegria, além de pesar no mínimo 120 quilos. Esta última exigência vem sendo abandonada nos últimos anos, considerando-se os problemas de saúde causados pela obesidade.
As características do rei momo em especial o peso, representam a fartura da "terça feira gorda" que antecede a quarta-feira de cinzas.” (Wikipédia)
“A importância do rei momo para a cidade do Rio de Janeiro, pode ser atestada pelo fato de vários prefeitos, nos primeiros dias do carnaval, e entregar as chaves da cidade ao rei momo, como se, a partir deste momento, quem governasse a cidade não fosse mais o prefeito, mas o rei momo”. (Wikipédia)
Momento para a prestação das contas da festa da folia.
A imagem mostra o circo das cidades. |
As banais deliberações do rei momo.
A partir deste instante, chegaria ao fim dos sofrimentos do povo. É um novo tempo para a nação, mas em razão da enorme ressaca, somente conseguiu forças para citar alguns deboches e citou as áreas da saúde, segurança, habitação, educação, controle dos gastos públicos, fim da corrupção, um gordo aumento salarial para todos os trabalhadores e frisou bem os aposentados. Toda infraestrutura referente às olimpíadas e a copa do mundo. Logo em seguida voltou ao seu camarote real era hora do lanche imperial, devorou as guloseimas fartamente, descansou, depois embarcou outra vez na folia. Oferecendo prosseguimento ao seu reinado disse: voltarei! Retornando do trono abriu uma sessão especial porque a pauta estava lotada e o tempo voava e os projetos relevantes foram votados e aprovados sem ressalvas ao longo das passarelas, diante do público extasiado com as fantasias e os enredos fantásticos das escolas de samba, ao som estridente das baterias.
Em meio a alucinação rei momo fugiu sem deixar rastros.
Para completar resolveu desfilar majestosamente, em outro ponto do país e deparou-se a uma aglomeração enfurecida implorando por mudanças, todos catando e dançando ao som das músicas carnavalescas, machinhas típicas, dos memoráveis carnavais. O rei diante da grande pressão dos alucinados, os atendeu inconsequentemente todas as reivindicações da multidão embriagada. No alvoroço dos incontáveis blocos de nomes exóticos, o rei simplesmente, acenou ao povo num momento de devaneio. Em seguida todos os projetos foram assinados e aprovados em milésimo de segundos sem vetos. Logo em seguida fugiu sem deixar rastros e só voltara no próximo ano para reinar na nova folia carnavalesca e de deboche da nação.
A festa de momo não passou de sonhos e alucinações.
E assim no embalo dos encantos carnavalescos o rei transformou o país num verdadeiro festival de sonhos coloridos. Sonhos que transcenderam a cruel realidade de milhões foliões. Porém num piscar de olhos todos despertaram da irrealidade decretada pelo momo e perceberam que voltaram a pisar no solo, espinhoso da vida real. A brincadeira terminou sobraram à ressaca e o mau humor, para encarar a situação da vida real. Parece que todos voltaram de outra nação, pois a situação decretada pelo rei não existia. Será que era pura fantasia ou simplesmente uma brincadeira de péssimo gosto, ele não fez nada! As coisas continuavam na mesma situação. A caixa do correio abarrotada de contas de todas as espécies e valores para quitar, imposto disso e daquilo, transportes coletivos com gente exprimida até o teto, alguns saindo pelas janelas. Nem precisa falar das outras coisas é óbvio. A situação social não mudou em nada, desemprego, fome, endividamentos, e o mais decadente os direitos sociais foram roubados pelos golpistas. A democracia do país em frangalhos, a festa e o rei sem sombras de dúvidas eram pura ilusão, puro deboche do povo totalmente alucinado e manipulado.
A vergonha e as ilusões obrigaram o rei fugir para não apresentar seu trágico relatório da folia.
Circo do carnaval. |
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